Não é de hoje que o trânsito de Itaperuna é sinônimo de caos. A razão desta situação são variadas indo desde o intenso fluxo da rodovia que corta nossa cidade ao extremo desrespeito as leis de trânsito que impera por essas bandas.
Os motoristas de Itaperuna parecem pensar que o município ainda é pequeno e por isso mesmo não tem problema algumas pequenas violações nas regras de trânsito. Agora se os motoristas apenas pensam, os pedestres tem a mais absoluta certeza. Seja pelos carros que trafegam pela avenida em alta velocidade ou seja por pedestres que atravessam fora da faixa, o trânsito é um caos absoluto. Pior, está cada vez mais mortal. A tragédia de ontem não é a primeira e infelizmente nada indica que será a última.
A administração pública não ajuda. São ruas sem nenhum calçamento, outras que tem verdadeiras crateras e existe ainda aquelas ruas que embora estejam calçadas precisam de manutenção. Agora nada supera os locais que estão totalmente asfaltados que em geral servem para vereadores e secretários fazerem fotos e vídeos. Os moradores até já sabem que na primeira chuva, além da enchente certa, vem junto buracos novinhos devido a qualidade do asfalto.
Quando o poder público do município resolve fazer algo para melhorar o trânsito, em geral, piora. A solução que a Prefeitura encontra para todos os desafios do trânsito em Itaperuna se resume a instalar quebra-molas que mais parecem um muro que acaba realmente quebrando as molas dos carros. Como se não bastasse eles também esquecem de sinalizar as obras causando o máximo desconforto possível aos desavisados. Isso tudo, é claro, depois de fazer um vídeo embaixo de uma tenda e prometer pela enésima vez que agora finalmente a Estrada do Contorno sai do papel.
A última grande obra de trânsito realizada em Itaperuna nem foi da Prefeitura. A reforma da avenida central de Itaperuna foi obra do Governo Federal sendo inclusive inaugurada pelo então Ministro Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Aliás na época Itaperuna não tinha Deputado Federal, de lá pra cá não houve grande melhora, aliás em muitos sentidos piorou.