Servidores da Educação de Itaperuna vão até a Câmara Municipal em protesto por salário

Servidores da Educação de Itaperuna vão até a Câmara Municipal em protesto por salário

Na sessão de ontem (29/11) da Câmara Municipal de Itaperuna ocorreu um protesto dos servidores da educação do município pelo reajuste dos salários segundo o piso nacional. O que seria apenas um protesto comum por melhores salários acabou se tornando um voto de desconfiança ao secretário da pasta, Oliver Barros.

Em seu discurso o representante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), José Luiz Ribeiro (Borracha), levantou diversos temas preocupantes no que diz respeito a Secretaria de Educação de Itaperuna. Segundo ele, Samuel Portella (Procurador Geral do Município), já disse por mais de uma vez que não daria o reajuste previsto em lei aos professores, ainda que a conta FUNDEB de Itaperuna esteja neste momento com 11 milhões reais.

José Luiz afirmou que existem rumores de que no mês passado houve atraso no pagamento dos servidores aposentados o que indicaria que a situação é muito grave. Além disso alguns servidores teriam relatado que não estão conseguindo pegar empréstimo, pois a prefeitura não estaria honrando o pagamento dos consignados com os bancos (algo também relatado pela vereadora Amanda da Aidê).

Do mesmo modo Borracha expôs que o acordo para o pagamento do FGTS não está sendo cumprido e que isso pode levar ao sequestro de algumas contas da prefeitura. O eventual bloqueio impediria o pagamento de dezembro dos salários dos servidores. Disse ainda que a prefeitura não estaria pagando o INSS dos servidores.

José Luiz manifestou preocupação com o número de servidores atualmente contratados na Secretaria de Educação. Anteriormente, segundo ele, a rede municipal contava com 600 professores efetivos para mais ou menos 9 mil alunos e que significaria por volta de um professor para cada 15 alunos. Por outro lado, agora, seriam por volta de 1800 professores contratados para os mesmos 9 mil alunos o que significaria um professor para cada 5 alunos – em suas palavras “tem gente sobrando ai“.

Borracha também expressou descontentamento com a situação das condições de trabalho, já que diversas escolas estariam sem a manutenção necessária sendo realizada. Ele concluiu dizendo que essa não é uma situação de ser Oposição ou Situação e sim para o bem da gestão pública.

Em resposta a Líder do Governo, vereadora Sgt. Cristiane, afirmou que tentou, sem sucesso, marcar uma reunião entre os servidores da educação e o secretário. Por essa razão pediu que Oliver compareça a Câmara para prestar esclarecimentos e sugeriu convocá-lo caso o secretário se recuse.

O vereador Sinei Torresmo afirmou que a culpa é do Prefeito Alfredão e do gestor da pasta, Oliver Barros e são eles que devem prestar esclarecimentos. A vereadora Amanda disse que a prefeitura descontar empréstimo do salário do servidor e não pagar os bancos é roubo. Amanda também falou que é intrigante que quando existem indícios de irregularidades ocorre um assalto na secretaria (leia aqui).

Já o vereador Carlinhos Peixeiro expressou que dessa vez votará a favor do requerimento de fiscalização da Secretaria de Educação. Peixeiro, entretanto, acabou dando um escorregão ao dar a entender que Oliver o liberou para votar a favor do requerimento de fiscalização – em suas palavras o secretário teria dito “Carlinho pode passar tudo“.

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